terça-feira, 11 de junho de 2013

Fisioterapia pélvica para grávidas: entenda o que é e seus benefícios

                   Foto: Getty Images
Ao longo da gestação, o útero cresce mais de 20 vezes em relação ao seu tamanho normal, pressionando os diversos órgãos que estão ao seu redor.

É para aguentar essa avalanche de transformações no corpo da mulher que exercícios de respiração, relaxamento e fortalecimento dos músculos são indicados para as grávidas.

Uma dessas atividades é a fisioterapia pélvica, feita para fortalecer os músculos do períneo. Ela pode ser feita a partir do terceiro mês de gestação - após liberação do obstetra - e também após o parto. Confira abaixo os benefícios dessa fisioterapia para a gestante e o bebê e suas principais funções. 
  • Principais funções
  • "São três as funções principais. Uma delas é de apoio às vísceras, evitando a queda da bexiga, útero e reto, entre outros. Outra é esfincteriana, ou seja, prevenindo a incontinência urinária e fecal, uma vez que o esfíncter funciona como uma válvula, e a outra função é a sexual", explica a fisioterapeuta uroginecológica da Clínica Salutaire Mônica Lopes, membro daAssociação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher (ABRAFISM).
  • Segundo ela, como a mulher tem poucas fibras sensoriais na região da vagina, se a musculatura estiver flácida, o prazer sexual não é o mesmo. "Há menor contato entre o pênis e a vagina. Por isso é importante que a musculatura esteja mais tonificada", explica.
  • Como fazer
  • A fisioterapia é feita em conjunto com diversos exercícios e é indicada a partir do terceiro mês de gestação após a liberação do obstetra. As sessões duram entre 40 minutos e uma hora, e podem ser feitas de uma a duas vezes na semana. 
  • "Uma das maneiras de fazer a fisioterapia é com o toque, só que de maneira mais suave do que o ginecologista. Não incomoda e não dói. Pelo toque nós ensinamos a mulher a sentir e a exercitar a contração muscular", explica Mônica Lopes. Os exercícios incrementam a respiração, fortalecem músculos e articulações, diminuem o inchaço através da drenagem linfática e aumentam a sensação de bem estar da grávida através dos alongamentos e relaxamentos.
  • Até a 34ª semana, a massagem perineal é outra maneira de evitar o rompimento do períneo, ou laceração perineal, e pode ser feita com a ajuda do parceiro. "É um movimento circular em meia-lua feito na vagina que não causa dor", explica a fisioterapeuta uroginecológica.
  • Durante a gravidez e no pós-parto
  • Para a mulher que pretende ter um parto cesário, a fisioterapia pélvica é feita como profilaxia, enquanto para o parto normal, os exercícios são sentidos pela gestante na hora do nascimento da criança.
  • "A mulher ganha maior controle da respiração e relaxamento do períneo. E ainda facilita a expulsão do feto, uma vez que a mulher tem maior controle da região porque estará forçando as vísceras para baixo para a saída do bebê", acrescenta Mônica Lopes.
  • Após o parto, tanto a mulher que teve um parto natural quanto a de cesariana podem fazer a fisioterapia pélvica. Entre as sequelas do parto que a fisioterapia minimiza estão a formação de cicatrizes, a separação dos músculos retos abdominais - conhecido como diástase -, a incontinência urinária e o retorno da função sexual sem dor, nos casos de parto vaginal.
  • No pós-parto a abordagem é diferente e aparelhos como eletroestimulação, biofeedback e pesos e cones vaginais são usados para fortalecer os 13 músculos que compõem o períneo. "Esses aparelhos permitem que a mulher acompanhe sua performance através de gráficos e telas. No caso dos pesos e cones vaginais, que são similares aos absorventes íntimos, a mulher faz os exercícios sentindo a melhora da tonificação muscular perineal", explica.
  • Por Bruna Capistrano
  • Fonte: http://gnt.globo.com/maes-e-filhos/dicas/Fisioterapia-pelvica-para-gravidas--entenda-o-que-e-e-seus-beneficios.shtml

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