Conheça melhor o grau de importância e os riscos dessa prevenção e
confie no poder das gotinhas e picadelas para proteger seu filho!
Foto: Jade Brookbank/Getty Images |
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A
pontualidade faz diferença
Tudo bem atrasar ou adiantar um
pouco uma aplicação, mas evite. O calendário é calculado para proporcionar
proteção máxima ao seu bebê. “Atrasos, inclusive nos reforços, deixam o pequeno
desprotegido, e adiantamentos podem ser ineficientes se o sistema imune não
estiver maduro”, avisa o pediatra Renato Kfouri, presidente da Sociedade
Brasileira de Imunizações. Há casos, porém, como o da catapora, comum na
primavera, em que vale antecipar a vacina se o pediatra autorizar.
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Se ele
estiver gripado, não dê
Gripes, alergias e pequenas
indisposições não são motivo para adiar uma vacina. Mas o pequeno não deve ser
imunizado se tiver febre ou algum problema mais grave, como pneumonia, infecção
urinária e quadros virais que provoquem manchas vermelhas na pele. “A vacinação
também é contraindicada se a criança estiver usando medicamentos que baixam a
imunidade, como corticoides”, alerta Kfouri. Na dúvida, consulte o pediatra
antes de vacinar seu filho.
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Reação
não é sinal de “pega”
Com exceção da BCG intradérmica
– que é dada ainda na maternidade e deixa uma marquinha na pele quando acontece
a pega –, não se espera que nenhuma vacina dê sinais de que o sistema
imunológico passou a produzir anticorpos contra a doença. “Não há por que se
preocupar”, garante Ana Paula Moschione, médica assistente da Unidade de
Alergia e Imunologia do Instituto da Criança de São Paulo. Afinal, as vacinas
já foram testadas e se mostraram eficientes. Em situações especiais, exames de
sangue podem verificar a proteção contra rubéola e hepatites A e B.
Além disso, apenas de 10% a 15%
das crianças apresentam reações – como febre, irritabilidade e dor de cabeça ou
no local da picada – e, mesmo nelas, os efeitos são brandos. “A maioria não tem
nada, o que não significa que a vacina foi inútil”, afirma Ana. Se seu filho
for do time que se ressente com a vacina, é fácil resolver. Faça compressas
frias no local da picada até 24 horas depois da aplicação. Desse período para a
frente, se o inchaço continuar, use compressa quente. Caso haja dor ou febre,
pode dar o analgésico ou o antitérmico recomendado pelo pediatra. Mas nunca
utilize esses medicamentos preventivamente, antes da vacina, pois eles
interferem na ação da vacina.
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Onde? A
escolha é sua
Posto de saúde, clínica
particular ou consultório do pediatra. Cada lugar tem suas vantagens e cabe a
você optar de acordo com suas possibilidades e convicções. Nos postos, o
benefício é o custo zero. “Mas, nas clínicas de vacinação e nos consultórios
pediátricos, costuma haver versões mais completas ou que provocam menos reações
do que as oferecidas pelo governo”, pondera Kfouri. Um exemplo é a vacina
pneumocócica – os postos aplicam a 10-valente e as clínicas a 13-valente, que
protege contra uma gama maior de bactérias causadoras de pneumonias e
meningites.
Seja qual for a escolha, é
importante que o local seja bem higienizado, fiscalizado pela Vigilância
Sanitária e que disponha de geladeira ou câmara com controle de temperatura
para o armazenamento, além de mecanismo de proteção em caso de falta de energia.
Em consultórios pediátricos, o médico deve ter credenciamento e alvará
especial, emitidos pela Vigilância Sanitária, confira. Vacine seu filho sempre
no mesmo lugar – assim, se a carteirinha dele se extraviar, é possível
recuperar os registros sem ter de repetir a dose.
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Juntar
vacinas funciona
É fato: nenhuma criança gosta
de tomar vacina. Não é à toa, portanto, que a combinação de diferentes
imunizantes em uma única dose seja uma tendência, pois garante, com menos
picadas, a mesma proteção que seu bebê teria tomando cada uma individualmente.
“O agrupamento, no entanto, só
é possível quando a interação entre os componentes não interfere na eficiência
de cada fórmula nem provoca efeitos colaterais”, explica o pediatra e
imunologista Victor Nudelman, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São
Paulo. “Para garantir a segurança, as polivacinas passam por testes rigorosos
em órgãos como o FDA, a agência governamental que aprova medicamentos nos
Estados Unidos, e a Anvisa, no Brasil”, completa Ana.
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Quando
aderir às campanhas
O objetivo da vacinação em
massa é formar uma muralha de proteção imunológica para que, se alguém for
contaminado fora do país, a doença não se espalhe. Se seu filho está com a
vacinação em dia, a participação fica a seu critério. Caso ele tenha recebido
uma vacina recente, não existe risco em imunizá-lo contra a mesma doença. “O
único reforço que sempre aconselhamos é o da Sabin. Nem tanto por um cuidado
pessoal, mas para proteção da comunidade”, diz Ana. O vírus da vacina,
enfraquecido, se espalha pela população, criando uma imunização indireta,
benéfica a todos.
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As
doenças vão... e voltam!
No ano passado, a Organização
Mundial da Saúde fez um alerta para o risco de surtos de sarampo em vários
países e, por aqui, a coqueluche volta a dar as caras. Por que doenças que
contam com vacinas há tanto tempo estão ressurgindo? Não dá para analisar o
efeito da imunização do ponto de vista individual. Como explica Nudelman,
quando se pensa numa população, pode ser que poucas pessoas tenham sido imunizadas,
que a pega da vacina usada era pouco eficiente ou que ela tivesse duração
limitada. “Sem falar que nenhuma vacina é 100% eficaz”, diz o médico.
No caso da coqueluche, a maior
taxa de contaminação ocorre hoje entre adolescentes e adultos. Nesse público, a
doença é confundível com resfriado e não traz maiores complicações. O problema
é se o infectado entra em contato com um bebê não vacinado. “Neles, a doença é
grave. Por isso, é importante renovar a aplicação da vacina em babás, pais,
professores que convivem com crianças pequenas”, diz Kfouri.
Thais Szegö em 30.05.2013
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