A Sociedade Brasileira de Endocrinologia define o hipotireoidismo como o estado clínico resultante da quantidade insuficiente dehormônios circulantes na tireoide. Ou seja, a glândula, que tem o formato de uma borboleta e está localizada na base do pescoço, não produz quantidade suficiente dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Eles são fundamentais para uma série de reações no corpo humano, sendo que a tiroxina tem a função de estimular o metabolismo das células do organismo. Os sintomas variam e por vezes são confundidos com sinais de fadiga. No estágio inicial, por exemplo, a pessoa pode apresentar câimbras, dores de cabeça, unhas quebradiças, dificuldade para caminhar, inchaço, alteração menstrual e pele seca. “Esse quadro pode ser confundido com estresse ou com a menopausa. Por isso é importante realizar check-ups frequentes”, avalia o Dr. Ricardo Botticini Peres, endocrinologista do Einstein.
Hipotireoidismo na gestação
Mulheres em idade fértil devem manter a atenção redobrada em seus níveis de TSH e realizar testes constantes para medir o volume do hormônio no sangue, para rastrear melhor a possível incidência do hipotireoidismo.
Para aquelas que pretendem engravidar, os médicos aconselham a realização do TSH como parte dos exames pré-natais, para identificar previamente alterações no funcionamento da glândula e, se for o caso, tratar a disfunção. Isso porque o hormônio tireoestimulante é extremamente importante para o bom desenvolvimento do feto.
“É preciso um volume maior de hormônio circulante porque a tireoide fetal se forma entre a 10º e 12ª semana de gestação e a produção do hormônio tireoidiano fetal inicia-se entre a 18º e 20ª semana. Então, nesse período é o hormônio da mãe que supre o bebê em formação”, explica o Dr. Ricardo Peres. “O hormônio é crítico para a maturação do sistema nervoso central do bebê”, completa o Dr. Simão.
Os especialistas ressaltam, ainda, que mulheres com hipotireoidismo devem tomar cuidado para só engravidar se estiverem realmente com os hormônios equilibrados. Além disso, devem consultar o endocrinonogista para que ele faça as alterações na quantidade de medicamento ingerido durante a gestação. A dose da grávida é, em média, 30% maior do que a da mulher não gestante.
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