Enquanto estava grávida, li um livro que sugeria que a mãe deixasse algumas coisas preparadas e a casa organizada para a chegada do bebê. Lembro claramente de ter me chamado a atenção um trecho onde a autora sugeria que se preparasse alguns pratos com antecedência e os deixasse congelados para a família ter com o que se alimentar sem muito stress nos primeiros dias do bebê em casa.Assim que li, pensei: Santo Pai do Céu! Que loucura é essa? Até parece que não teremos um parto, mas a eminência da Terceira Guerra Mundial! Ou então que a mãe vai parir, junto com o bebê e a placenta, boa parte do seu cérebro. Credo, que exagero! Quem escreveu isso deve pensar que ter um bebê significa perder o controle das suas faculdades mentais. Pera lá! É só um bebê dentro de uma casa! Não uma manada de elefantes!!!! Bem coisa de americano! (E assim fiquei mentalmente falando mal desse excesso de zelo e preocupação do pessoal do hemisfério norte).
Mas posso dizer? Eu fiquei tão, mas tão, mas tão baratinada após o nascimento do Léo que seria sim legal eu ter me preparado melhor para os dias que estavam por vir (e olha que eu até me preparei). Afinal, falta de sono, hormônios a mil, medo e insegurança ao extremo deixam qualquer ser humano fora do seu eixo. E se junto com tudo isso tiver um bebezinho gritando e precisando de atenção 110% do tempo, aí é de surtar e de realmente cogitar chamar a manada de elefantes para ajudar.
E então, pensando nisso, nessa sugestão de preparar algumas coisas importantes com antecedência, resolvi fazer o post de hoje.
Nele, tem uma série de dicas de coisas para você pensar, organizar ou pelo menos ter em mente antes da chegada do pequeno. Algumas dessas coisas eu providencie sim, mas outras achei que era bobagem e depois, no pega pra capar diário, me arrependi amargamente de não ter dado atenção.
Com vocês, minhas dicas para você organizar a estrutura da sua casa e a sua rotina para a chegada de um bebê:
1. Defina, com antecedência, se você vai contar com a ajuda de uma pessoa e como isso irá funcionar (super indico que SIM!). O que fizemos aqui em casa? Minha diarista passou de duas vezes por semana para três e minha mãe veio passar o primeiro mês aqui com a gente (ela mora no RS). Posso dizer? Foi a melhor coisa do mundo. Minha mãe é uma pessoa ótima, calma, tranquila e não tem nada de pitaqueira, então, ela foi a ajuda mais que perfeita para esse momento.
2. Defina (e não esqueça de incluir o maridão nessa decisão), como funcionará o esquema das visitas e como isso será comunicado para as pessoas mais próximas. Eu decidi que queria receber todas as visitas na maternidade e não receber quase ninguém em casa no primeiro mês. E as poucas visitas em casa pedi que sempre acontecessem aos finais de semana (pois meu marido sempre estaria por aqui). E não esqueça de pedir para alguém avisar a família e amigos sobre essa decisão (no meu caso, quem se encarregou de avisar a família foi a minha sogra).
3. Se você acha que seu marido leva jeito para ajudá-la com o bebê, veja com ele a possibilidade dele tirar férias e ficar ao seu lado nesse início. Eu não pedi isso e me arrependi. Ah Deus, como me arrependi. Na verdade, a empresa do meu marido foi “gente boa” e o liberou para trabalhar de casa por um período maior do que o da licença paternidade, mas por mim, ele teria ficado uns 90 dias por aqui, me dando apoio técnico e emocional. Fez falta, viu! :-(
4. Lote a sua dispensa como se realmente a terceira guerra mundial fosse iniciar dentro de alguns dias (a exagerada. kkk!). Compre mantimentos (comida) e primeiros socorros (quero dizer itens de saúde e higiene) e tenha o suficiente para você não precisar ir ao mercado ou farmácia tão cedo. Pode ter certeza que se você precisar, principalmente nos primeiros dias, você vai querer se matar pois vai pensar que podia estar dormindo, comendo ou indo ao banheiro em vez de estar correndo na rua (gente, acreditem, o início é punk!). PS: Lembre-se de fazer um estoque bem significativo de absorventes (daqueles bem enooooormes) para o pós parto. Eu também caprichei no estoque de desodorante, shampoo e sabonete. Se tudo virasse um caos, pelo menos eu não ficaria fedorenta.
5. Deixe pratos congelados guardadinhos e esperando a volta de vocês para casa. Você vai precisar se alimentar bem, mas terá pouco tempo para cozinhar. E mesmo que você tenha uma pessoa para ajudar, pode ter certeza que terá trabalho para vocês duas, sobrando pouco tempo para luxos como panela e fogão. Ou seja, pelo menos para uma ou duas semanas, tente deixar pratos prontos à sua disposição. Você vai lembrar desse meu conselho depois, vá por mim!
6. Deixe pronto um cardápio, para pelo menos duas semanas, e oriente com antecedência a pessoa que estará ajudando você. Dê o máximo de detalhes possível, pois garanto que você não vai nem querer pensar nisso quando estiver dando conta do bebê. Se for o caso, você vai deixar de comer só para não ter que pensar no assunto e tomar decisões.
7. Se você contar com ajuda, defina antes o que essa pessoa irá fazer. Se possível, deixe tudo anotadinho para ela não esquecer. Mesmo que a ajudante já trabalha com você e sabe como funciona a dinâmica do seu lar, lembre-se que vocês estarão com um ser novo em casa, e um ser que irá virar essa casa de pernas para o ar. Assim, tente (só tente, porque conseguir é meio impossível) imaginar a sua nova rotina e vá definindo o que você executará e o que será delegado. E depois oriente para não dar problema (Exemplo: tirar o lixo do quarto do bebê no final da manhã e tarde; lavar as roupas do bebê segunda, quarta e sexta; limpar a banheira todos os dias ao chegar; e por aí vai…).
8. Deixe à mão o contato de serviços de delivery de drogarias e supermercados. Assim, se algo super importante faltar e você não puder sair de casa, você recorre a essas maravilhas que costumam salvar muita gente em apuros.
9. Aprenda antes como montar/usar itens com os quais você nunca teve nenhuma experiência e que serão muuuuuito úteis nesse início: bebê conforto, carrinho, bombinha de tirar leite, babá eletrônica e outros que você recordar. Não deixe para ver isso só depois, quando você realmente precisar. Garanto que se fizer isso, você irá se arrepender. Ah, e outro detalhezinho que cabe aqui: tenha pelo menos uma mamadeira em casa. E já a deixe guardada limpa e esterilizada, pois nunca se sabe quando será necessário utilizá-la. Você não precisa usá-la de fato, claro que ninguém quer que você use, mas eu sou da teoria de que o seguro morreu de velho.
10. Faça um pequeno estoque de roupas e calçados confortáveis e roupas que sejam práticas para amamentar. Com certeza, é isso que você irá usar, e nada mais chato do que ter que ir atrás disso depois que o bebê já estiver por aqui.
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