quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014



Experiência do RS foi feita em animais e teve 50% de êxito no tratamento de tecidos e nervos

Jornal do Brasil
Maria Luisa de Melo

Uma pesquisa genuinamente brasileira, que teve seus resultados concluídos esta semana, revelou que a chance de regeneração de tecidos, órgãos e cartilagens por meio de células-tronco chega a 50%. O trabalho foi desenvolvido pela estudiosa Patrícia Pranke, coordenadora do Laboratório de Hematologia e Células-Tronco da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O trabalho foi feito junto com outros 20 pesquisadores.

Conforme explicou Patrícia, o objetivo do trabalho desenvolvido nos últimos anos foi investigar qual a probabilidade da regeneração de vasos e nervos usando a nanotecnologia. Os testes foram feitos em porcos que tiveram os focinhos e a faringe lesionados. Ambas as partes do corpo foram reconstruídas com a técnica em 50% dos animais.

Os resultados, segundo a pesquisadora, apontam que há grandes chances de reconstruções de órgãos humanos. Assim, testes em humanos devem ser realizados nos próximos meses. Há grande expectativa da equipe de pesquisadores da UFRGS de que os resultados verificados nos animais sejam os mesmos em humanos. Assim, há chance da técnica ser adotada na rede de saúde do Brasil.


Equipe do laboratório de Hematologia da UFRGS participa de pesquisa

"Com o bom resultado que notamos, temos que testar mais em animais para depois pensarmos em pedir autorização do comitê de ética em humanos. No caso dos bichos, a pesquisa mostrou que a técnica é perfeitamente capaz de refazer a laringe, por exemplo. Ou seja, em casos de laringectomia para tratamento de câncer, há uma chance de reconstrução através das células-tronco. Isso é muito positivo para os pacientes brasileiros", destaca a pesquisadora.

Barateamento para rede pública

Apesar de a pesquisa ainda não ter sido feita em humanos, os pesquisadores já falam em usar a técnica em larga escala, na rede pública de saúde de todo o Brasil.

"Tudo depende dos testes que temos nos próximos meses, com humanos. Mas a nossa expectativa é de que o trabalho seja levado para o maior número de pessoas possível. Tudo depende também da matéria prima a ser usada. A base desta técnica são os polímeros (tipo de resina). Podemos usar polímeros mais baratos ou mais caros. Ainda estamos pesquisando quais as melhores matérias-primas", pontua Patrícia.

Fonte:http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2013/05/28/pesquisa-brasileira-prova-que-celulas-tronco-sao-capazes-de-reconstruir-orgaos/?fb_action_ids=609568535774842&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B176816159145955%5D&action_type_map=%5B%22og.recommends%22%5D&action_ref_map=%5B%5D

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Brasil tem o 1º caso de sucesso de Esclerose Lateral Amiotrófica com células-tronco


HELOISA ARUTH STURM - Agência Estado
As conquistas do agrônomo Henrique Dias, de 68 anos, podem servir de esperança para portadores da esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma rara doença neurodegenerativa que atinge um em cada cem mil habitantes. Dias é o primeiro brasileiro a passar por um bem-sucedido tratamento que regrediu a enfermidade, usando células-tronco. A boa notícia, no entanto, deve ser vista com cautela, advertem os especialistas, uma vez que o procedimento ainda é experimental e demanda mais um ou dois anos de pesquisas antes que se comprove a eficácia e sejam cumpridos todos os requisitos para que o método seja autorizado.


"A melhora é lenta, mas o tratamento deu certo. É um negócio muito novo, mas para mim foi ótimo", diz Dias, que em 2006 foi diagnosticado com a síndrome e antes do procedimento não conseguia falar nem se locomover. Os resultados do estudo inédito conduzido pelos hematologistas Adelson Alves e Elíseo Joji Sekiya foram apresentados nesta semana durante o Congresso Internacional de Terapia Celular, realizado na Nova Zelândia.

Dois fatores principais contribuíram para o sucesso da nova técnica. O primeiro deles foi a escolha da matriz no organismo para a retirada celular. Ao invés de usar células hematopoéticas (extraídas da medula óssea), os pesquisadores escolheram as células mesenquimais (presentes no tecido adiposo e no cordão umbilical), que são a aposta para o tratamento de doenças autoimunes como diabetes, mal de Alzheimer e esclerose múltipla.

Assim, fizeram uma minilipoaspiração no abdome do paciente para coletar a gordura e cultivaram as células no laboratório, um centro de pesquisas de terapia celular que também possui banco de armazenamento de células do cordão umbilical. A segunda inovação foi o método de infusão das células-tronco no corpo do paciente. Em vez de injetá-las na veia, optaram pela via raquimedular, por meio do liquor (liquido do cérebro), diretamente no sistema nervoso.

Para iniciar o tratamento, foram necessárias autorizações do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e da Justiça. A permissão ocorreu sob o argumento do "uso compassivo", quando não há tratamento convencional disponível para um paciente em estado terminal e se permite o acesso a remédio ou técnica que esteja em fase ainda experimental. A ELA é uma enfermidade progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, que são as células do sistema nervoso central controladoras dos movimentos voluntários dos músculos.

"Na época do diagnóstico foi um choque porque disseram que ele teria um ano de vida. Quando surgiu a chance de fazer o tratamento, ninguém teve dúvidas", disse um dos três filhos do agrônomo, o administrador Renato de Souza Dias. "Meu pai sempre se colocou à disposição, mesmo sabendo que era experimental e sem garantia de resultados."

A primeira infusão foi feita em janeirode 2012. Nos seis meses seguintes, a equipe avaliou a segurança do procedimento, monitorando se o paciente apresentava alguma reação ou efeito colateral indesejado. Passado esse período, foram realizadas outras duas infusões, num intervalo de 30 dias.

Pouco tempo depois do início do procedimento brasileiro, pesquisadores norte-americanos conseguiram aprovação da Food and Drug Administration (FDA, a agência reguladora de fármacos nos Estados Unidos), para selecionar 25 pacientes para iniciar os estudos da técnica na Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota. Agora, os cientistas do Brasil e dos EUA estão em contato para compartilhar as experiências adquiridas.

Atualmente, Dias conversa, caminha com ajuda, atende o celular e consegue segurar pequenos objetos. "O principal resultado é que ele parou de piorar", diz o filho. Os resultados foram tão animadores que o hematologista deve pedir nova autorização ao Conep para realizar o procedimento em outros dez pacientes. "Houve melhoria significativa em relação ao quadro que ele estava, e isso foi muito animador para nós pesquisadores", disse Alves. "Esse foi um caso excepcional, mas existe essa luz no fim do túnel. É um indício de que estamos no caminho certo."

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,terapia-com-celula-tronco-contra-esclerose-tem-sucesso,1025937,0.htm

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Amor de pai é uma das principais influências na personalidade humana

Branco, negro, gordo, magro, católico, protestante, rico, pobre. Não importa quantos fatores sociais, econômicos, culturais ou religiosos difiram entre as pessoas, nós todos temos algo em comum: viemos ao mundo graças a um pai e uma mãe, e o amor deles por nós faz toda a diferença na nossa vida.
Segundo um novo estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento de personalidade nas crianças até a fase adulta. Na prática, isso significa que as nossas relações na infância, especialmente com os pais e outras figuras de responsáveis, moldam as características da nossa personalidade.
“Em meio século de pesquisa internacional, nenhum outro tipo de experiência demonstrou um efeito tão forte e consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento da personalidade como a experiência da rejeição, especialmente pelos pais na infância”, disse o coautor do estudo, Ronald Rohner, da Universidade de Connecticut (EUA). “Crianças e adultos em todos os lugares tendem a responder exatamente da mesma maneira quando se sentem rejeitados por seus cuidadores e outras figuras de apego”.
E como elas se sentem? Exatamente como se tivessem sido socadas no estômago, só que a todo momento. Isso porque pesquisas nos campos da psicologia e neurociência revelam que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas também são ativadas quando elas sentem dor física. Porém, ao contrário da dor física, a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos.
O fato dessas lembranças – da dor da rejeição – acompanharem as crianças a vida toda é o que acaba influenciando na personalidade delas. Os pesquisadores revisaram 36 estudos feitos no mundo todo envolvendo mais de 10.000 participantes, e descobriram que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas.
A experiência de ser rejeitado faz com que essas pessoas tenham mais dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outros, por exemplo, parceiros íntimos, porque elas têm medo de passar pela mesma situação novamente.
É culpa do pai, ou é culpa da mãe?
Se a criança está indo mal na escola, ou demonstra má educação ou comportamento inaceitável, as pessoas ao redor tendem a achar que “é culpa da mãe”. Ou seja, que a criança não tem uma mãe presente, ou que ela não soube lhe educar.
  • Como o amor de mãe muda o cérebro do filho
Porém, o novo estudo sugere que, pelo contrário, a figura do pai na infância pode ser mais importante. Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai.
Numa sociedade como a atual, embora o nível de igualdade de gênero tenha crescido muito, o papel masculino ainda é supervalorizado e muitas vezes vêm acompanhado de mais prestígio e poder. Por conta disso, pode ser que uma rejeição por parte dessa figura tenha um impacto maior na vida da criança.
Com isso, fica uma lição para os pais: amem seus filhos! Homens geralmente têm maior dificuldade em expressar seus sentimentos, mas o carinho vindo de um pai, ou seja, a aceitação e a valorização vinda da figura paterna, pode significar tudo para um filho, mesmo que nenhum dos dois saiba disso ainda.
E para as mães, fica outro recado: a próxima vez que vocês forem chamadas à escola por causa de algo que o pimpolho aprontou, tenham uma conversa com o maridão. Tudo indica que a culpa é dele! Brincadeiras à parte, problemas de personalidade, pelo visto, podem resolvidos com amor de pai. E quer coisa mais gostosa?
Fonte: http://hypescience.com/amor-de-pai-e-uma-das-principais-influencias-na-personalidade-humana/

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

COMO TER UMA VIDA A 2 DEPOIS QUE SE É 3

O baby chega e aí, junto com ele, uma alegria sem tamanho, mas também muito cansaço, entrega, correria e até desespero. Com o tempo, bem aos pouquinhos, as coisas vão entrando nos eixos, a gente vai acostumando com o novo serzinho e a nova rotina, mas parece que tem uma coisa que teima em ficar um pouco esquecidinha: a vida a dois.

Sim, é só um bebê nascer que parece que o romantismo do casal fica do lado de fora da casa. Primeiro, é porque o cansaço e a falta de tempo tomam conta de tudo, depois porque a gente só tem olhos para o filho e, por fim, porque a gente vai acostumando com essa vida de pais e esquecendo que a vida de casal também existe.

Por isso, resolvi fazer o post de hoje. Para chamar atenção para essa questão tão comum e delicada que, muitas vezes, por falta de um pouquinho de boa vontade a gente acaba esquecendo de cuidar.

Abaixo, trago para vocês algumas dicas bem simples, bem básicas, BEM ÓBVIAS até, mas que parece que a gente tem que ler em algum lugar ou ouvir de alguém para conseguir pôr em prática.

Aproveitar o tempo que o bebê dorme: sim! Essa é a mais simples e óbvia de todas. Assim que o bebê dormir, aproveitem para se curtir a dois. Nessa hora, dá para curtir o maridão sem peso na consciência e até preparar alguma surpresinha simples: preparar um jantar que ele gosta, pegar um filme para verem juntos, tomarem um vinho, blá, blá, blá…

Redescobrir programas que vocês gostam de fazer a dois: eu adorava ir ao cinema, só que com um filhote em casa isso ficou mais complicado. A alternativa foi começarmos a ver filmes e séries em casa. Aí, continuo fazendo algo que gosto só que de uma forma um pouco diferente. O mesmo vale para jantares. Se vocês gostavam de sair para jantar fora, que tal agora pedir algo e comer em casa mesmo ?

Criar uma rotina do casal: antes de termos filhos sempre ouvimos que não podemos cair na rotina. Pois eu digo: depois que os filhos chegam, o que temos que fazer é justamente criar uma rotina. Precisamos fazer isso para não corrermos o risco de simplesmente esquecermos de fazer coisas a dois, só envolvidos com o filho. Aqui, temos a rotina de ver filmes ou seriados toda sexta à noite e, aos sábados, sempre que dá, chamar alguém para jantar conosco. Assim, nos divertimos sem atrapalhar o sono tranquilo do Léo (séries se encaixam perfeitamente nessa dica. Pois como elas são longas e viciantes elas ajudam a criar essa tal rotina).

Aproveitar toda e qualquer ajuda: feliz de quem tem avós morando perto. A minha mãe mora no RS, mas minha sogra a poucas quadras da minha casa. Sempre que temos algum evento especial à noite, o Léo é despachado para lá e pegamos ele quando retornamos ou só no dia seguinte. Assim, saindo para fazer programinhas gostosos e da nossa antiga vida pré-filhos dá uma suuuuuupppperrrr animada na vida a dois. Super indico! Ah, e é claro que os avós amam!

Contratar ajuda de confiança: quem não tem avós para contar, ou prefere não ter o trabalho de tirar o pequeno de casa, pode recorrer à ajuda de uma pessoa de confiança (a famosa babá ou folguista). Super vale a pena, de vez em quando, nós mães nos despreendermos um pouco dos filhotes e aceitarmos deixá-los aos cuidados de outra pessoa, desde que seja alguém que eles não estranhem. E melhor ainda se a pessoa puder ficar no dia seguinte até mais tarde, para vocês descansarem da noite anterior. :-)

Viajar: viajar a dois! Esse é um marco pós filhos que eu tenho que confessar que ainda não tive coragem de colocar em prática. Sou meio neurótica e acabei estabelecendo alguns prazos mentais para a realização de algumas coisas marcantes, como a primeira vez do Léo dormir fora de casa ou a primeira viagem só do casal, e o tempo dessa segunda ainda não chegou.

Cuidar de VOCÊ para poder cuidar de VOCÊS dois: bom, essa é uma dica que passo adianta por total experiência pessoal. Toda vez que eu cuido melhor de mim, fazendo coisas que me fazem bem e que eu curto, eu consigo cuidar melhor de nós (de mim e do marido). Fico mais leve, mais feliz, mais tranquila e mais satisfeita e isso reflete na relação a dois. E cuidar de mim/você significa fazer o que se gosta ou o que se faz necessário, como praticar exercícios, começar uma dieta , voltar a estudar, voltar a ler mais… enfim… qualquer coisa que te dê prazer e bem estar. Você se sentindo melhor, mais leve e realizada, o resto as relações como um todo se equilibram.

Fonte:http://www.macetesdemae.com/2013/12/como-voltar-a-ter-vida-a-dois-depois-que-se-e-tres.html#more-4359