quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Hospital do Vaticano usa células-tronco adultas para curar leucemia

Pesquisadores do Hospital Pediátrico Bambino Gesù  estudaram a possibilidade de transplante de células-tronco adultas em crianças com doenças genéticas, tumores no sangue e problemas de imunodeficiência. A notícia é especialmente animadora para os portadores de leucemia, em que é amplamente conhecida a dificuldade de se encontrar doadores compatíveis para um transplante de medula óssea. Os pesquisadores do Bambino Gesù descobriram que é possível manipular e transplantar células-tronco adultas, retiradas dos pais do paciente, mesmo que eles não tenham a compatibilidade genética “clássica” exigida para o transplante de medula. No caso de doenças raras do sangue, a técnica foi experimentada em 23 crianças, com um índice de sucesso de 90%. Os pesquisadores também aplicaram a técnica em mais de 70 crianças com leucemia aguda, com sucesso de 80%. Os resultados foram, primeiro, apresentados em dezembro do ano passado em um congresso nos Estados Unidos, e posteriormente publicados na edição de 28 de maio da revista Blood , da Sociedade Americana de Hematologia.
Pois é, enquanto a Igreja levava (e ainda leva) pedras por se opor à pesquisa com embriões, suas instituições estão trabalhando em alternativas eticamente aceitáveis para evitar a destruição de seres humanos em laboratório. Já falamos aqui da parceria entre o Vaticano e um grande laboratório para promover a pesquisa com células-tronco adultas, e agora surge esse resultado espetacular do Bambino Gesù. E entre os críticos da Igreja podemos colocar a geneticista Mayana Zatz; em 2006, no programa Roda Viva, ela culpou o Vaticano  pela não aprovação, na Itália, de uma lei que permitisse a pesquisa com embriões. E reparem nas alfinetadas que ela dá nessa entrevista de 2010 ao jornal O Globo . Aliás, no melhor estilo “esqueçam o que eu escrevi”, na entrevista ela celebra a pesquisa com células iPS, a mesmíssima pesquisa da qual ela fez pouco em seu blog em 2008  para argumentar que era preciso investir no uso de embriões. E, por fim, na matéria que a Gazeta publicou há algumas passada, está lá a Mayana dizendo à Agência Estado “Não trabalho com células embrionárias. Já me ofereceram embriões várias vezes, mas no momento não estou fazendo nada com elas”. Isso sem que tenhamos visto um mea culpa ou qualquer coisa do tipo. Claro, muito melhor que ela esteja hoje fazendo pesquisas com células-tronco adultas em vez de usar embriões. Mas fica óbvio que, nessa história toda, é a Igreja que merece reconhecimento pela sua coerência.
Consulte esta publicação nesta fonte: http://www.ospedalebambinogesu.it/en/staminali-cellule-manipolate-consentono-trapianto-di-midollo-da-genitore-in-assenza-di-donatore-compatibile#.VAihfvldX9x

Exercício físico de gestantes acelera desenvolvimento cerebral dos bebês

As atividades físicas da mãe, segundo os autores do estudo, podem influenciar a vida inteira de seus filhos
Cerca de 20 minutos de exercícios moderados três vezes por semana durante a gravidez acelera o desenvolvimento cerebral de crianças recém-nascidas, segundo uma pesquisa da Universidade de Montreal.
As atividades físicas da mãe, segundo os autores do estudo, podem influenciar a vida inteira de seus filhos. "Esperamos que a nossa pesquisa encoraje as mulheres a adotarem um estilo de vida saudável, já que alguns exercícios físicos simples durante a gestação podem fazer a diferença no futuro da criança", ressalta Dave Ellemberg, autor principal do estudo, apresentado este domingo (10) em um congresso de neurociência em San Diego (EUA).
"O sedentarismo pode levar a complicações durante a gravidez. A opção por exercícios físicos, por sua vez, aumenta o conforto da mulher e reduz o risco de obesidade da criança", explica Daniel Curnier, coautor da pesquisa. - Já que estas atividades podem ser benéficas ao cérebro do adulto, concluímos que a qualidade de vida das gestantes provoca um efeito positivo em seus fetos.Pouco tempo atrás, obstetras orientavam as mulheres a diminuírem o ritmo de seus exercícios durante a gravidez. Recentemente, no entanto, concluiu-se que esta orientação causaria problemas de saúde.
Ellemberg e Curnier monitoraram as atividades físicas de dez gestantes, realizadas três vezes por semana, por cerca de 20 minutos. Elas correram, nadaram ou andaram de bicicleta. Mulheres de um segundo grupo permaneceram sedentárias durante toda a gravidez.
Quando os recém-nascidos tinham entre 8 e 12 dias de vida, os pesquisadores conferiram, com eletrodos, como os bebês reagiam durante o sono ao ouvirem determinados sinais.
Os filhos de mulheres que se exercitaram tiveram mais facilidade para identificar as mudanças de sons. "Nossos resultados mostram que os bebês nascidos de mulheres ativas durante a gestação tinham uma atividade cerebral mais madura. Isso sugere que seus cérebros se desenvolveram mais rapidamente", explica Labonté Le-Moyne, outra integrante do grupo de pesquisas de Montreal.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/saude/conteudo.phtml?tl=1&id=1424562&tit=Exercicio-fisico-de-gestantes-acelera-desenvolvimento-cerebral-dos-bebes